Para ela, a longevidade não tinha segredos: não comia fast food e dizia que, por isso, a morte era tão lenta que demorava a chegar. Mas chegou. A norte-americana Besse Cooper, a pessoa mais velha do mundo, morreu nesta terça-feira aos 116 anos em Monroe, no estado da Geórgia.
Besse Cooper ganhou o título de pessoa mais velha do mundo atribuído pelo Livro do Guinness em 2011, quando fez 115 anos. Na altura, explicou que tinha vivido tanto porque nunca se tinha intrometido na vida dos outros e porque se alimentava em condições. “Não como porcarias”, afirmou.
Nasceu a 26 de Agosto de 1896, no Tennessee, e mudou-se para a Geórgia durante a primeira Guerra Mundial, para trabalhar como professora. Integrou o movimento pelo sufrágio feminino ainda antes de as mulheres ganharem o direito ao voto, em 1920. Casou em 1924 com Luther, pai dos seus quatro filhos. Ficou viúva em 1963 e não voltou a casar. Aos 116 anos, tinha 11 netos, 12 bisnetos e dois trinetos. E tinha uma ponte com o seu nome.
Começou o seu último dia de vida a pôr-se bonita: pela manhã, um cabeleireiro arranjou-lhe o cabelo. Depois viu um filme alusivo ao Natal. Mais tarde, começou a ter dificuldades respiratórias, deram-lhe oxigénio para se sentir melhor, e acabou por morrer às 14h no quarto, no centro para idosos onde viveu nos últimos 11 anos.
O título de pessoa mais velha do mundo foi-lhe atribuído em Janeiro de 2011, mas Besse Cooper não aqueceu o lugar. Em Maio, o Livro do Guinness descobriu que uma mulher brasileira chamada Maria Gomes Valentí era 48 dias mais velha do que ela. Perdeu a coroa, para a recuperar pouco depois: a brasileira morreu no mês seguinte e Besse Cooper voltou a ser a mais velha.
Agora, que Besse morreu, o pódio pertence à norte-americana Dina Manfredini, que tem 115 anos.
Só há registo de oito casos de pessoas que viveram até aos 116 anos, mas o recorde da longevidade pertence a Jeanne Calment, uma mulher francesa que morreu em 1997 com 122 anos. Dizia que tinha chegado a conhecer o pintor Vincent van Gogh, que considerava “muito feio”. Um ano antes de morrer, Jeanne Calment gravou um disco de rap.
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