terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Número de casos de dengue quase triplica no país

Dados divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Ministério da Saúde mostram que o número de casos de dengue no início deste ano quase triplicou em relação ao mesmo período de 2012. Foram registrados, até o dia 16 de fevereiro, 204.650 mil casos, contra 70.489 notificados em 2012, o que representa um aumento de 190%.
 O número de casos graves e de mortes, no entanto, apresentou redução. Trinta e três pessoas morreram em decorrência da doença até agora, contra 41 no ano passado. E foram 324 ocorrências graves da doença, contra 577 no ano passado.
O secretário de vigilância em saúde do ministério Jarbas Barbosa ressaltou que maioria das mortes por dengue é de pessoas com comorbidades, ou seja, que possuem doenças como diabetes, cardiopatias e pneumopatias, entre outras.

Total de mortes por dengue (até 16 de fevereiro)

Região/Ano 2010 2011 2012 2013
Norte 19 22 5 1
Nordeste 11 38 19 4
Sudeste 49 32 8 8
Sul 3 9 0 3
Centro-Oeste 64 8 9 17
A principal causa do aumento de casos, segundo Barbosa, é a circulação do vírus tipo 4 (DENV-4), que agora circula em municípios grandes, como Goiânia, Campo Grande e Uberaba, entre outros. A presença do novo subtipo aumenta o risco de infecção, já que a maioria dos brasileiros não desenvolveu imunidade contra ele. De acordo com o secretário, o DENV-4 corresponde a 52,6% das amostras analisadas no país.
O ministro da Saúde Alexandre Padilha mencionou, ainda, a ocorrência maior de chuvas em certos municípios. Ele também chamou a atenção para os prefeitos que acabaram de assumir seus cargos para a importância da continuidade das ações contra a doença. "É fundamental que os novos prefeitos assumam a responsabilidade de combater a dengue em seus municípios."
Oito Estados concentraram quase 85% do total de casos: Mato Grosso do Sul (42.015 casos), Minas Gerais (35.334), Goiás (27.376), São Paulo (21.691), Rio de Janeiro (14.838), Paraná (12.040), Mato Grosso (10.765) e Espírito Santo (9.013).
Epidemia
Considerando que o critério para se definir uma epidemia é a incidência de 300 casos para 100 mil habitantes, são cinco os Estados que se encontram nessa situação: Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Mato Grosso, Tocantins e Espírito Santo. A incidência média do país é de 105,5 casos por 100 mil.
Segundo o Liraa (Levantamento de Índice de Infestação por Aedes aegypti), também divulgado hoje, 267 municípios estavam em situação de risco para dengue em janeiro, 487 em situação de alerta e 238 em situação satisfatória. O secretário de vigilância em saúde lembrou, no entanto, que a pesquisa é um retrato do momento e a situação pode se modificar rapidamente de satisfatória para de risco.
Por região, a maior concentração das larvas do mosquito em reservatórios de água ocorreu no Nordeste, com 76,2%. Por outro lado, foi na Região Sudeste onde se concentraram os maiores focos em depósitos domiciliares, com 63,6%. O levantamento contou com número de municípios 29% maior este ano.
Quanto às capitais, o Liraa de janeiro apontou situação de risco em Palmas (TO) e Porto Velho (RO); de alerta em Belém (PA); Manaus (AM); Rio Branco (AC); Aracaju (SE); Fortaleza (CE); Maceió (AL); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís (MA); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); Brasília (DF); Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). Já Boa Vista (RR); João Pessoa (JP) e Teresina (PI) apresentaram índice satisfatório.
fonte: noticias uol

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