Segundo o registro, o policial militar foi auxiliar a equipe de saúde e acabou vítima da violência inesperada do rapaz. Eles tentavam levar Marcos Antônio para o posto de saúde.
O rapaz encontrava-se exaltado, aparentemente sofre de problemas mentais, e há vários dias vinha desmanchando a própria casa, com o uso de uma cavadeira.
Marcos Antônio foi preso quase 24 horas depois do crime. Durante a entrevista, ele disse muitas ideais desconexas. “Ele (policial) foi lá no meu barraco e não teve jeito não. O cara vai lá (sic) na porta da cozinha da gente. Não teve como evitar”, declarou.
Ele disse que não se arrependia do que fez e que dá um jeito na cadeia. Ao final, ainda alegou que não matou o sargento. “Eles falam que morreu, mas eu não vi. Eu não vi ele morto. Só ouvi comentário. Eu não matei não”.
Apesar do discurso desconexo, Marcos Antônio fugiu e se escondeu da polícia nas 24 horas posteriores ao crime.
Segundo o Capitão Schuab, comandante da 72ª Companhia de Polícia Militar, Marcos foi encontrado numa casa abandonada numa fazenda. Ele resistiu a abordagem dos policiais. “Ele tem um físico forte, mas como eram mais policiais foi possível vencer a resistência dele. Ficamos o dia todo e viramos a noite em buscas. Ele trabalha na roça, então conhece bem toda aquela região montanhosa. Foi muito difícil com chuva e muito barro, mas todos os policiais se empenharam bastante. A determinação do comando era que não saíssemos de lá enquanto ele não fosse encontrado”, contou.
O autor foi trazido para a delegacia de Manhuaçu. Segundo a Polícia Militar, não há relatório médico de psiquiatra sobre o perfil dele. “Somente sabemos que deveria tomar um determinado medicamento controlado e não vinha tomando os remédios nesses dias. O que gerou todo o desenrolar da ocorrência. O Sargento Machado foi justamente com toda boa intenção e acabou sendo vítima dessa violência”.
Jailton Pereira - portalcaparao@gmail.com
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