A Avenida Presidente Antônio Carlos amanheceu esta quinta-feira com os rastros do vandalismo nas manifestações de ontem. Uma pista da avenida está fechada perto do cruzamento com a Avenida Antônio Abrahão Caram, no sentido bairro/Centro Região da Pampulha. A interdição parcial e por causa dos danos provocados em comércios é devido à presença da Polícia Civil que fará perícia nos locais destruídos. A BHTrans liberou o acesso de motoristas à pista exclusiva de ônibus para minimizar os efeitos no tráfego, que já apresenta congestionamento até a Avenida Dom Pedro I.
Os prejuízos começam a ser contabilizados. Comerciantes da concessionária Kia, uma das mais destruídas por vândalos, não sabem se vão permanecer funcionando na avenida. A loja é alvo de quebradeira pela terceira vez em menos de 15 dias. Ontem, os manifestantes radicais estiveram dentro da loja por quase uma hora e meia arrancando objetos, colocando fogo e apedrejando vidros e paredes. Os seguranças contratados foram expulsos pelos vândalos violentos que se apossaram do comércio e iniciaram a barbárie. O acesso ao segundo andar da concessionária ainda é impossível por causa da fumaça que bloqueia o imóvel.
A Concessionária Milla, na Avenida Professor Magalhães Penido, também contabiliza os prejuízos, além de dedicar os funcionários para uma longa e demorada faxina. O mesmo faz a revendedora vizinha, da Hyundai, na esquina da Antônio Carlos com a Abrahão Caram. Outra que limpa os restos deixados pelo vandalismo é Concessionária Osaka BH Toyota. Os proprietários afirma que, apesar de tudo, pretendem volta a funcionar ainda hoje.
A Rua Leopoldino dos Passos, esquina com Antônio Carlos, também está interditada. Dois veículos queimados ocupam a via nesta manhã. Ainda há pequenos sinais de fogo na rua, resultado da ação de pessoas que a polícia chamou de bandidos na noite de quarta-feira. Também há uma barreira de pedras na pista e a todo momentos as pessoas se perguntam de onde saíram tantos pedaços de concreto.
Por toda a avenida, mais um dia de sujeira assustadora. Pichações e lixo tomam conta da Antônio Carlos que, por algumas horas, foi cenário de uma manifestação pacífica e depois se transformou em campo de guerra. Há escritos de “fora Dilma”, “fora Lacerda” e “revolução”.
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