terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Motorista diz que não sabia que caçamba estava levantada

Luiz Fernando da Costa deu a declaração ao delegado, que vai investigar agora se houve alguma falha mecânica no veículo
Luiz Fernando da Costa, motorista do caminhão causador do acidente que matou quatro pessoas na Linha Amarela, na Zona Norte do Rio de JAneiro, afirmou ao delegado Fábio Asty, da 44ª DP (Inhaúma), que não percebeu o acionamento da caçamba que derrubou a passarela.

"Ele explicou de forma lúcida que pegou o caminhão em Água Santa (Zona Norte do Rio) e iria para a Rodoviária Novo Rio buscar entulho. Após a altura de Pilares, ele não percebeu que a caçamba tinha levantado. A perícia vai nos dizer se houve algum problema mecânico. O foco da investigação é esse, saber se houve um acionamento involuntário", disse Asty.

O motorista afirmou ao delegado que trafegava a 85 km/h - acima da velocidade máxima permitida, que é de 80 km/h na faixa em que ele trafegava. Nas outras faixas o limite é de 100 km/h.





O acidente
O caminhão colidiu com a passarela na Linha Amarela, na altura do Bairro Pilares, por volta das 9h15 desta terça-feira. Com a batida, a estrutura de metal caiu sobre carros nos dois sentidos da via e uma pessoa que usava a passarela caiu no córrego que fica entre as pistas. Pelo menos quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas. O acidente provocou um longo congestionamento em toda a região.

O caminhão estava fora do horário permitido de circulação e estava com a caçamba levantada. O veículo tem adesivos da prefeitura do Rio de Janeiro, mas o órgão informou que a empresa não presta serviços para o município, embora seja credenciada para prestar serviços privados de recolhimento de entulho. A assessoria da prefeitura informou que está investigando porque a empresa colocou adesivos com a logomarca do governo municipal.

Os primeiros socorros foram feitos pelas pessoas que passavam pelo local. O Corpo de Bombeiros contou com um helicóptero para resgatar as vítimas. Duas pessoas que passavam pela passarela no momento do acidente morreram, as outras duas vítimas foram soterradas pela estrutura. O motorista do caminhão escapou sem ferimentos graves.

As vítimas


O Corpo de Bombeiros identificou os quatro mortos na queda da passarela. Adriano Pontes de Oliveira, de 26 anos, caminhava pelaestrutura  no momento do acidente. Ele acabou caindo dentro do rio que separa as duas pistas da via expressa. Celia Maria, de 64 anos, moradora de uma comunidade próxima, também estava andando pela passarela. Já Renato Pereira Soares Júnior estava dirigindo o Palio prata que foi esmagado pela estrutura. O quarto morto foi identificado como Alexandre de Almeida. Ainda não há confirmação oficial de que ele seja o motorista do táxi, também atingido pela estrutura.

O Corpo de Bombeiros também confirmou que seis pessoas ficaram feridas no acidente e foram levadas a hospitais. O motorista do caminhão que se chocou contra a passarela foi identificado como Luis Fernando da Costa, de 30 anos. Ele está no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra, zona oeste do Rio. Está lúcido e passa bem.

Luis Carlos Guimarães, de 70 anos, estava no banco de trás do Palio prata e sofreu traumatismo craniano. Ele está em estado grave. Jairo Zenaide, de 44 anos, sofreu traumatismo craniano e fratura na coluna.

As outras duas feridas são mulheres ainda não identificadas. Uma foi levada de helicóptero ao Hospital Estadual Alberto Torres, no município de São Gonçalo, na Região Metropolitana. A outra está no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.

Faixas liberadas

Por volta das 16h30 desta terça-feira foram liberadas duas faixas da Linha Amarela no sentido Barra da Tijuca. A passarela derrubada pelo caminhão foi cortada em três partes e duas já foram retiradas. Uma faixa permanece interditada para remoção do pedaço remanescente da passarela. A pista no sentido centro continua interditada.
fonte: estado de minas

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