Todos os automóveis fabricados no Brasil terão que sair das fábricas com o ítem a partir desta quarta-feira
A partir desta quarta-feira, 01, todos os automóveis fabricados no
Brasil terão que sair das fábricas com airbag e sistema de freios ABS.
Estes itens passaram a ser obrigatórios e não podem mais serem vendidos
como opcionais. A medida cumpre uma determinação aprovada em 2009 pelo
Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O porcentual de carros novos
com esses itens aumentou gradualmente desde 2010 até chegar aos 100%
neste ano.
Junto com a elevação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), também a partir desse mês, a inclusão desses
mecanismos de segurança deve aumentar o preço dos automóveis. O ministro
da Fazenda Guido Mantega, já previu que o preço dos carros populares
deverá subir de 4% a 8%, como repasse dos custos. A Associação Nacional
dos Fabricantes de veículos Automotores (Anfavea) estimou que o valor da
instalação dos equipamentos seria de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil nos carros
que ainda não possuíam os itens.
Temendo um impacto grande na
inflação com o reajuste das tabelas nas concessionárias, o ministro
Mantega cogitou adiar a entrada em vigor da obrigatoriedade do airbag e
dos freios ABS por um ou dois anos, mas voltou atrás. O governo também
temia demissões nas fábricas porque modelos que não podem ser adaptados
para a inclusão dos itens de segurança deixarão de ser produzidos. No
entanto, Mantega obteve a garantia das montadoras de que os
trabalhadores serão absorvidos em outra área da produção.
Duas etapas
As
alíquotas de IPI estavam reduzidas desde maio de 2012 para tentar
estimular as vendas e a economia e, agora, serão recompostas em duas
etapas. No caso do carro popular, com motor 1.0, a alíquota a partir
desse mês passará de 2% para 3% e, em julho, para 7%, voltando assim aos
níveis normais.
Nos veículos de até 2 mil cilindradas flex, a
alta no período será de 7% para 9% e, a partir de julho, para 11%. Já
para os carros da mesma potência, mas movidos apenas a gasolina, o
aumento será dos atuais 8% para 10%, voltando para 13% no segundo
semestre.
O governo anunciou ainda elevações para utilitários e
utilitários de carga de 2% para 3%. A partir do segundo semestre, a taxa
do primeiro grupo será de 8% como era antes e a do segundo, de 4%,
metade do que vigorava até o ano passado. Para os caminhões, a decisão
foi manter a alíquota em zero, em vigor desde janeiro do ano passado.
fonte: msn.com
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