quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Conmebol notifica Real Garcilaso sobre caso de racismo e dá prazo para defesa

Clube peruano tem até a próxima segunda-feira para apresentar defesa

Nesta quarta-feira, a Conmebol notificou o Real Garcilaso-PER que abriu processo disciplinar sobre o caso de racismo contra o volante Tinga, na partida entre a equipe peruana e o Cruzeiro, no dia 12 de fevereiro, em Huancayo, pela Copa Libertadores. Pelo regulamento da entidade, atos racistas podem até causar a desclassificação do clube envolvido. 

O processo foi iniciado depois de investigação preliminar da Unidade Disciplinar da Conmebol, motivada pela denúncia do Cruzeiro. A entidade sul-americana estipulou prazo até 24 de fevereiro, próxima segunda-feira, às 12h (horário de Assunção, sede da Conmebol), para o clube peruano apresentar a defesa do caso. 

Somente depois da apresentação da defesa, a Unidade Disciplinar da Conmebol dará a sentença. 

’’A Unidade Disciplinar da Conmebol informou hoje ao Real Garcilaso a abertura de processos disciplinares por suspeita da prática de uma infracção disciplinar. Este arquivo foi aberto depois de investigação preliminar por denúncia de Cruzeiro Esporte Clube. O clube brasileiro afirmou que os torcedores do clube peruano tiveram uma conduta racista contra um dos jogadores”, informa a nota oficial. 

Segundo o artigo 12 do Regulamento Disciplinar, a punição por atos discriminatórios pode ir de uma multa de US$ 3 mil até a eliminação do campeonato, passando ainda por perda de mando de campo, jogos sem torcida e perda de pontos.

Tinga sofreu ataques verbais dos torcedores do Real Garcilaso desde que entrou em campo no segundo tempo da partida em Huancayo, na primeira rodada do Grupo 5. A qualquer toque na bola, o volante ouvia torcedores peruanos emitirem sons de macaco.

O episódio ganhou grande repercussão mundial, sendo repudiado pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pelo presidente do Peru, Ollanta Humala, pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, e diversas personalidades do esporte, como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Roberto Carlos.
fonte: superesportes

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