segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Organizadas do Cruzeiro são suspensas por 5 meses pelo Ministério Público


O Ministério Público de Minas Gerais suspendeu as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente, ambas do Cruzeiro, por cinco meses, sem que possam utilizar, nesse período, qualquer tipo de material que faça alusão às agremiações nos estádios de futebol. A punição foi adotada por causa da confusão envolvendo as duas facções em três jogos: contra Flamengo e São Paulo e no clássico contra o Atlético-MG, no Independência, no último dia 13, quando o mando de campo era do rival, que venceu por 1 a 0.
Integrantes das torcidas duas organizadas, que apesar de serem do mesmo time têm uma grande rivalidade, já brigaram diversas vezes, em jogos disputados no Mineirão e no Independência. Por isso, os associados de ambas as agremiações não poderão assistir a jogos com bandeiras, camisas, bateria, entre outros materiais que possam identificar a Máfia Azul e a Pavilhão Independente. A medida, inicialmente, vale até o dia 20 de março de 2014 e tem abrangência nacional. Por isso, será comunicada de forma oficial aos administradores dos estádios no Brasil.
A decisão foi informada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, nesta segunda-feira, em evento que contou com representantes das diretorias das duas torcidas organizadas, dirigentes da Federação Mineira de Futebol, do promotor de justiça Edson Antenor Lima Paula, um oficial do Ministério Público e representante da Polícia Militar de Minas Gerais. A punição foi publicada no início da noite desta segunda-feira pelo site oficial da FMF e sua validade é imediata.
Isso significa que o primeiro jogo em que os integrantes da Máfia Azul e Pavilhão Independente não poderão representar oficialmente seus grupos será no próximo sábado, às 18h30, no Mineirão, quando o Cruzeiro enfrenta o Criciúma. Além das confusões no interior dos estádios Independência e Mineirão, um confronto entre as duas torcidas na avenida Abrahão Caram também foi analisada e fez parte da punição imposta pelo MPMG.
De acordo com a ata da reunião ocorrida nesta segunda-feira, representantes das duas torcidas admitem que as confusões aconteceram pelo não cumprimento de acordos prévios feito entre elas. O promotor de Justiça, segundo o documento, se mostrou preocupado com possíveis revanches e informou que caso ocorra novos conflitos entre as organizadas, poderá haver "banimento temporário" das duas agremiações.
Nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgará o Cruzeiro e o rival Atlético por conta de briga entre duas torcidas organizadas do clube celeste. O alvinegro mineiro, por ser o mandante e responsável pela segurança também poder ser punido. Os clubes foram enquadrados no artigo 213, com pena de multa entre R$ 100,00 e R$ 100 mil e perda de mando de campo por até dez partidas.
O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, diz estar tranquilo e convicto que o Cruzeiro não será punido. Segundo o mandatário celeste, o clube apresentará como provas sete boletins policiais e testemunhas para confirmar que os responsáveis pela confusão no clássico com o Atlético-MG foram identificados e detidos.
FONTE: UOL ESPORTES FOTO G1

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