Primeiro gol da seleção canarinho saiu aos dois minutos do
primeiro tempo; segundo, aos 44; terceiro, na segunda etapa, novamente
aos 2
Fabrício Lobo e Renato Machado – Seleção Universitária – especial para o Estado
RIO DE JANEIRO – Antes do início do jogo entre Brasil e Espanha, o
clima de final de Copa já tomava conta do Maracanã. Ainda que não fosse a
Copa do Mundo, mais de 75 mil torcedores lotavam o estádio neste
domingo, 30, para a última partida da Copa das Confederações.
E logo aos dois minutos do primeiro tempo, Fred marcou o primeiro gol
do Brasil, após ser derrubado na pequena área espanhola. Depois do
cruzamento de Hulk pela esquerda e uma confusão área, o camisa 9, caído
no chão, ainda conseguiu acertar um chute preciso.
Errando mais passes que o normal, a seleção espanhola passou a
demonstrar nervosismo. Mas com o passar do tempo, a Espanha conseguiu
controlar a posse de bola. Durante a primeira etapa, o Brasil levou mais
perigo no contra-ataque, mas desperdiçou oportunidades.
No final do primeiro tempo, o Brasil ainda conseguiu arrancar o
segundo gol. Aos 44, Neymar manteve a escrita do gol em começo ou no
final de uma etapa. O camisa 10 tabelou com Oscar, que mandou uma bomba
no gol de Casillas.
Mal havia começado o segundo tempo, Fred recebe pela esquerda e chuta cruzado no canto esquerdo. Brasil 3 x 0 Espanha.
Mal parecia aquela temida seleção. Na melhor oportunidade de diminuir
a diferença, a Espanha desperdiça. Aos 9 minutos do segundo tempo, o
espanhol Sérgio Ramos perde um pênalti. Depois disso, os espanhóis
incomodaram em poucas oportunidades e pararam na excelente atuação de
Júlio César.
Apesar da apatia dos irreconhecíveis espanhóis, que já tomava conta
da partida desde a metade do segundo tempo, o Brasil não conseguiu
ampliar. Levou perigo nos contra-ataques, mas ficou nisso. Final de Copa
das Confederações e título merecido para Felipão e seus comandados.
Organização dentro do Maracanã
Desde antes do apito inicial, a torcida já se locomovia em direção ao
estádio. O transporte público funcionou e recebeu elogios. O espanhol
Emilio Dias, que havia comprado ingresso apenas a última partida do
torneio, torceu pelo bom desempenho de sua seleção e gostou do que viu.
“A organização está perfeita. Segurança, transporte, tudo”, disse.
O brasileiro José Cruz, que já havia ido ao Maracanã na partida entre
Itália e México, não se importou com a manifestação marcada na região
do estádio. “Está tudo muito tranquilo, bem sossegado”, falou. E até
levou seu filho, o pequeno Antonio. Fã de Neymar, o garoto até arriscou
um placar: 3 a 0.
Antes da partida, os banheiros possuíam poucas filas. Os pontos de
alimentação contavam com filas um pouco maiores, mas que não excediam os
dez minutos de espera.
No show antes do jogo, durante a apresentação da cantora Ivete
Sangalo, membros da equipe que formavam o cenário do campo se levantaram
com um grande cartaz para protestar contra a privatização do Maracanã.
Parte da torcida vaiou a ação dos manifestantes.
Protestos
Ao contrário do protesto no jogo Itália x México pela primeira fase
da competição, onde cerca de 3 mil pessoas entraram em conflito com a
polícia na descida da estação de trem de São Cristóvão, a manifestação
deste domingo esteve do lado oposto ao estádio. Paralisado exatamente
entre a rua São Francisco Xavier e Avenida Maracanã.
Os manifestantes se concentraram na praça Saens Pena, na Tijuca, e
marcharam até o estádio. A polícia não confirma mas lideranças do
protesto afirmaram que cerca de 5 mil pessoas estavam presentes.
A policia também aumentou seu contingente. Forças do batalhão de
choque foram em massa ao local. A cena de alguns turistas posando para
fotos com alguns dos carros do Caveirão ao fundo também chamou atenção.
Confronto
Com várias bombas de gás e de efeito moral, o comando de choque agiu
em duas frentes. Uma em direção à Avenida Maracanã e outra descendo a
Avenida São Francisco Xavier. Os protestantes foram rapidamente
dispersos mas ainda foi possível ouvir barulhos de bombas e estampidos.
fonte: estadao.com.br
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